quarta-feira, 23 de março de 2011

Por que meu aluno mente?




Rachel Mariano Pereira

Este é certamente um dos muitos “por quês” que se fazem corriqueiramente presentes na rotina escolar. Quem é o professor ou professora que sequer uma única vez não se fez esta pergunta?
Antes de tentar respondê-la é preciso ter em mente um fator importante e determinante no universo infantil: a fantasia é inerente a muitas fases do desenvolvimento da criança. Assim como o egocentrismo é comum à chamada primeira infância, a fantasia também é e compreende um período ainda mais extenso, até aproximadamente os seis anos de idade.
Nos primeiros anos de vida da criança nosso trabalho é voltado para a sua socialização, em que ela supera a fase egocêntrica e começa a se desenvolver coletivamente, aprende a compartilhar objetos, pessoas, ambientes, enfim, tudo aquilo com que estabelece uma relação de afetividade significativa. Da mesma forma, a fantasia deve ser trabalhada.
É fundamental que se entenda a naturalidade do comportamento em questão. Fantasiar é um exercício saudável, que vai constituir as bases do raciocínio lógico e da criatividade da criança, no entanto, é necessário que a criança possa delegar à fantasia um espaço que não substitua o da realidade.
Desde muito cedo o faz-de-conta é incorporado pela criança. Na medida em que observa os pais, por exemplo, ela se projeta às situações vivenciadas por eles e passa a imitá-los. Daí, o gosto quase inexorável das meninas pelas brincadeiras de casinha. Até, porque, culturalmente as meninas são educadas a imitar as mães, haja vista a vasta indústria de brinquedos que fabrica utensílios domésticos em miniatura, fortalecendo esse referencial. O mesmo ocorre com as bonecas, cuja tecnologia empenha-se cada vez mais em acrescentar-lhes elementos de bebês reais. Durante a brincadeira, pode-se claramente observar que a criança dispensa à boneca o tratamento recebido pela mãe. Já nos meninos é cultivado o gosto pelos carros, pelos esportes e pelos super-heróis, historicamente cultuados pelos homens, cujos brinquedos, da mesma forma sugerem a imitação do referencial masculino.
Existem ainda os jogos de tabuleiros e os jogos recreativos, nos quais se estabelecem regras, número exato de participantes e o aparato necessário para que se dê a brincadeira. Porém estes, tendem a despertar o interesse dos pequenos a partir de uma certa idade, quando já estão socializados e suficientemente maduros para entender e aplicar tais regras. Dessa forma, o que se observa na brincadeira das crianças é, quase sempre, a assunção por parte delas de um personagem adulto, seja a mãe, a professora - quando o alvo observado é a rotina escolar - seja o pai, um irmão mais velho, os avós ou seu super-herói favorito. A criança se faz passar por alguém e fantasia cada situação vivenciada na sua brincadeira.
No entanto, para muitas crianças a fantasia não se limita unicamente ao momento da brincadeira. Elas fantasiam o tempo todo e nesse movimento acabam por verbalizar em tom de realidade algo que verdadeiramente não aconteceu. É exatamente aí que a fantasia assume a faceta da mentira e é esse o momento de intervir.
A fantasia faz parte do desenvolvimento da criança, mas deve ser encarada sempre com redobrada atenção, já que nela podem se revelar dados importantes para compreendê-la em suas necessidades, anseios, desejos.
Muitas vezes uma criança mente acreditando de fato naquilo que expressa, o que pode denotar uma falta de parâmetros para julgar o que é real e o que não é. Quem nunca ouviu falar nos amigos imaginários?
Em outras situações a mentira da criança expressa anseios, vontades, medos, ou ainda, a mera necessidade de se inserir em determinado contexto. É comum, por exemplo, durante a rotina escolar, na tão conhecida “hora da novidade”, um aluno relatar uma viagem, uma visita inesperada, um presente recebido ou até um acidente familiar somente para não deixar de participar do momento. Às vezes numa conversa com os responsáveis na hora da saída, numa reunião, ou numa comunicação pela agenda escolar o professor verifica que a novidade relatada não é mais que uma mentirinha.
Ao verificar que o relato do aluno é falso, o professor não deve, em hipótese alguma, deixá-lo pensar que acreditou, ou esta estratégia será usada por ele novamente em ocasiões mais sérias. Ao contrário, ele deve imediatamente questioná-lo, pedir que esclareça detalhes, demonstrar dúvida e, sem a necessidade de causar-lhe constrangimento, perguntar se o que ele conta é mesmo verdade. No caso de insistência, o fato deverá ser exposto aos responsáveis, sem, é claro, deixar de tomar cuidados ainda mais redobrados, afinal, nem todos os pais aceitam que seus filhos mentem.
Um aluno pode mentir por insegurança, insatisfação, por medo de alguma repreensão, enfim, diversos são os motivos e as formas de se contar uma mentira. O importante é que o professor nunca deixe que ela se estenda.
Como já foi dito, fantasiar é natural, mas quando ela se torna mentira e esta se torna hábito, pode se configurar num desvio de caráter. Por isso a mentira deve sempre ser combatida, principalmente quando contada gratuitamente.
Existe o que podemos chamar de mentiras justificáveis, como aquela que a criança conta quando faz algo de errado e foge da punição. Neste caso existe a mentira e existe uma razão suficientemente clara para que ela tenha sido contada. Não devemos, porém, confundir justificável com aceitável. A criança deve ser sempre lembrada de que dizer a verdade é correto e saudável para sua vida em sociedade.
Porém existem as mentiras injustificáveis, como as que são contadas simplesmente por contar. Essas são as mais sérias, pois nunca se pode prever a dimensão que podem tomar. Existe um antigo provérbio chinês que diz que “quando se conta uma mentira é preciso contar outras mil para sustentar a primeira” e esse efeito é catastrófico.
Observe, professor, a conversa de seus alunos, intervenha quando necessário e nunca julgue uma mentira como inocente, pois nunca se sabe quantas foram ditas antes. Leve o assunto a frente, converse com seu coordenador, procure e encaminhe a criança a um acompanhamento profissional, se necessário. Por trás de uma mentira pode haver uma gama incalculável de conflitos afetivos, estruturais, relacionais entre tantos outros. Ou pode ainda ser mero fruto de (maus) exemplos familiares.
A mentira pode se tornar uma compulsão. Há adultos que simplesmente não conseguem passar um único dia sem mentir, mesmo sabendo que ninguém acredita em seus relatos; e já existem terapias específicas para tratar da questão.
Compreenda seu aluno e ajude-o a também se compreender. É no cotidiano que a grande maioria dos problemas podem ser combatidos.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Atenção, professor!



Como anda a sua relação com seu sindicato?
Será que você conhece todos os seus direitos?
Sabe em quanto está o seu piso salarial?
Não sabe o que fazer diante dos abusos de seu patrão?
Sindicalize-se! Procure já uma sede do SinPro e faça seu cadastro agora mesmo!
Entre em  http://www.sinpro-rio.org.br/home/ e encontre todas as informações necessárias. Desfrute ainda de todas as atividades que o sindicato promove especialmente para você. Clique no link abaixo e confira a programação: 

Esta é uma dica da Criativa Consultoria Pedagógica. Nosso compromisso é com você, professor!
Porque para uma escola não há legado maior que um trabalho transformador!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

LER PARA ESCREVER


Prof. Nilson da Cruz Bulhões* 


Quando nos referimos àquilo que instrumentalizará alguém, capacitando-o a expressar-se satisfatoriamente por escrito, em qualquer gênero textual, situamos a leitura como ponto principal dessa dinâmica. 
A frase anafórica de Paulo Freire aprender a praticar / praticar para aprender pode nos levar a um aprofundamento sobre o que seria a incentivação, a motivação, o gostar de livro (além do gostar de ler), seguidos da indagação sobre o que seria ler bem, ler muito e ler com qualidade, fatos esses que, na nossa concepção, fundamentam o processo da escritura. 
Os jovens brasileiros não leem, costumamos afirmar e argumentamos com dados oficiais que situam hoje o Brasil apenas em posição superior à Mauritânia, à Indonésia, à Albânia e ao Peru quanto ao aproveitamento da leitura e do conhecimento um desonroso 37º lugar entre 41 países.
Em certo trabalho acadêmico, aludimos ao mau uso que se faz do livro paradidático, especificamente quanto à burocrática necessidade de escolha de quatro títulos com uma antecedência que não deixa ao professor a oportunidade de adequar o que será lido ao aluno real com que trabalhará durante um ano letivo. A premeditada bimestralidade de leitura literária veda caminhos que poderiam levar a muitas outras leituras (literárias e técnicas) derivadas do transcorrer natural das aulas, estando contidas aí as noções de contextualização e transversalidade de temas, além da interdisciplinaridade .
O aluno tem dificuldade de passar para o papel o que está latente em seu raciocínio. Ele sabe o que quer dizer, diz ele, mas não sabe como dizer. Supomos que seja decorrência de não ter costume com a leitura crítica, atenta e prazerosa, além de um bloqueio derivado de não saber (às vezes exatamente por saber!) como o professor vai reagir diante de um texto gramaticalmente pobre.
Entra em cena, então, a coerção exercida pelo padrão linguístico, a escola paradoxalmente tolhendo a capacidade do aluno em expressar-se por escrito, pois impõe modelos únicos a serem seguidos. E esse modelo é aristocrático, garantido por leis as normas gramaticais impostas por decretos.
O professor, por sua vez, muitas vezes realimenta o sistema excludente, exigindo uma padronização de competências em alunos de variados ambientes sócio-econômicos. É o caso em que ele rejeita as variedades dialetais, classificando-as como erradas, impróprias, agramaticais. Ele próprio, em sua formação, tem obrigação de ser provido de variadas competências, de modo a não aceitar exclusivamente a visão gramaticalista, normativista, tradicional e estar aberto ao estudo da ciência linguística.
Ler é mais importante do que estudar é um bordão pedagógico utilizado pelo desenhista Ziraldo. Segundo ele, a leitura é uma atividade que precede ao estudo de qualquer disciplina. Sem saber ler o suficiente para entender o que lê, e sem saber escrever para expressar-se plenamente, como é que ele vai estudar?, diz ele do aluno em coluna do Jornal do Brasil de 14 de julho de 2003 (p. A 11), propondo uma revolução na metodologia oficial de ensino no Brasil:
Sejamos radicais: apenas ler, escrever e gostar de ler!
Uma criança de 10 anos que lê como quem respira, que gosta de ler, que lê como quem está usando mais um, além dos seus cinco sentidos, estará preparada pra receber toda a informação de que vai necessitar para enfrentar a vida.
Segundo Ziraldo, a Finlândia, primeiro lugar em aproveitamento de leitura entre 41 países, aplica uma metodologia semelhante à que ele propõe.
Não chegamos a tal grau de radicalismo, embora não o consideremos desprovido de sensatez. 


*Prof. Nilson Bulhões é graduado em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, pós-graduado em Docência do Ensino Superior pela Feuc e atualmente leciona Língua Portuguesa na FAETEC, em Niterói.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Sugestão de Projeto para Sala de Leitura



Livro: O menino que não sonhava só
Autor: Antônio Barreto
Ilustração: Luiz Maia
Editora: Mercuryo Jovem
O livro base do presente projeto é ambientado numa cidade imaginária de  um país imaginário, com personagens imaginários e a temática central é, justamente, a imaginação. A proposta deste projeto é, através da leitura, enfatizar a importância da imaginação, da criatividade e dos sonhos como elementos fundamentais na formação das crianças.
Desenvolvimento:
Etapa 1:
Realizar a leitura do livro com os alunos sentados em roda. Por se tratar de um livro sobre imaginação, sugere-se que a leitura seja feita em capítulos, para que a cada trecho lido os alunos possam construir hipóteses sobre o desdobramento da história.
Exemplo: Semana 1 – Leitura da página 5 a 12.
Após a leitura das páginas previstas, promover um rápido debate sobre sonhos e imaginação, perguntando aos alunos quais são seus sonhos, o que sonhariam se vivessem na cidade de “Imagina Só”, por que “Magrobó” não conseguia sonhar?
Etapa 2:
         Semana 2 – Leitura da página 13 a 21.
Nesta etapa, pode-se promover uma roda de desenhos, na qual os alunos, após ouvirem esta parte da história, desenhassem a fada “Gobélia”. Como eles a imaginam? Como seria a fada mais bela que se pode imaginar?
Outra proposta – para turmas do 2º ao 5º ano –, seria realizar uma competição entre duplas, na qual os alunos deveriam buscar no dicionário as palavras que intrigaram “Magrobó”: tigre de bengala, carochinha, acuar, ravina, abismo, alazão, bocarra, faiscar, labareda, adaga, sabre, ranger, lasca, pontiagudo. Pode-se também selecionar parte destas palavras, ou dividi-las entre as equipes.
Etapa 3:
         Semana 3 – Leitura da página 22 a 24.
         Pedir aos alunos que decifrem os enigmas: LAECOS e RILVO, determinando um tempo específico para isso e, enfim, concluir a leitura, revelando a respostas dos enigmas, finalizando, assim, a história.
Etapa 4:
         Semana 4 – Propor um debate sobre o contexto geral da história, reiterando tópicos como: por que ir à escola e ler livros foi tão importante para que Magrobó voltasse a sonhar e imaginar? Por que ao final da história o menino passa a se chamar Gordobó?

Se preferir o professor poderá realizar a leitura de todo o livro na primeira etapa e desenvolver as atividades propostas ao longo das demais semanas, porém, sugere-se que o professor crie outros enigmas para que os alunos desvendem; pode-se ainda pedir aos alunos que criem uma história alternativa envolvendo lugares, personagens e/ou situações apresentadas na história.
É preponderante que durante todas as atividades o professor enfatize a importância dos livros e da escola como estímulos à nossa imaginação; lembre-se de informar aos alunos o nome do autor, ilustrador e editora do livro.

                                               Boa Leitura!!!

Já é hora de deixar a chupeta! Que fazer?



Pais de crianças que usam ou usaram este utensílio passam ou já passaram por este delicado dilema. Quando chega o momento de reverter este hábito pais, mães, avós, professoras e até os irmãos mais velhos são obrigados a trabalhar juntos, com paciência e muita perseverança.
         O importante é que se perceba que todos aqueles que se envolvem diretamente com a criança devem junto com ela abandonar este hábito, já que muitas vezes a chupeta é o mais eficaz instrumento utilizado pelos adultos para acalmar a criança. E de fato acalma, pois a região bucal possui uma textura bastante sensível. É composta por um conjunto de membranas finas que quando tocadas geram sensação de prazer, como o de um doce cafuné. Minutos depois da choradeira, a criança se acalma e até adormece.
         Porém, especialistas alertam que a idade máxima de tolerância da chupeta é de até os três anos, pois a permanência deste hábito pode comprometer algumas das competências a serem construídas a partir desta fase, como maturidade, segurança, autonomia, entre outras.
         E para fim de esclarecimento, vale lembrar que a chupeta não causa qualquer mal irreversível para os dentes, no entanto, a continuidade do uso pode levar sim, à deformidade do palato e arcada dentária.
         Veja agora o pequeno e prático roteiro que criamos para auxiliar famílias e professores a procederem neste delicado processo. O adulto deverá aplicar cada etapa de uma vez e só se deverá avançar para a próxima quando a anterior tiver sido superada.
·         Geralmente a chupeta é oferecida à criança pelo adulto, portanto, sua retirada deve ser também mediada por um. Esperar que a criança abandone naturalmente esse hábito pode ser um processo longo, traumático e prejudicial;

·         A criança compreende absolutamente tudo que é conversado com ela, ainda que relute em aceitar e obedecer, portanto, inicie este processo com bastante conversa, explicando a ela o quanto já cresceu, as coisas que já aprendeu e superou. Aborde a chupeta com cuidado, sem ofendê-la por ainda utilizá-la. Lembre-se que a criança ao iniciar o uso da chupeta, a recebeu de alguém em quem confiava;

·         Estipule certos limites, estabelecendo, com o conhecimento dela, os momentos em que poderá utilizar a chupeta. Exemplo: durante o sono, durante trajetos longos de carro ou ônibus – pois a criança costuma ficar entediada ao assistir a um filme ou programas de TV demorados, ao viajar por muitas horas, etc. Normalmente, quando a criança faz algum tipo de atividade que exija pouco esforço físico, sua tendência é sentir falta da chupeta, portanto, neste início, permita que ela a utilize somente nessas ocasiões. Peça (não tome) a chupeta ao deixá-la na escola, por exemplo, ou ao levá-la ao parque, à praça, a uma festa, pois nestes momentos a criança está se concentrando em outras atividades e a sensação de prazer provocada pelo uso da chupeta está sendo substituída pela ludicidade destas atividades.

·         À medida em que for percebendo a aceitação da criança a estes limites, procure restabelecê-los, buscando diminuir sempre a permanência da criança com a chupeta. O ideal é que ela chegue ao ponto de somente utilizá-la durante o sono. Permita que ela adormeça com a chupeta na boca;

·         Após dormir a criança entrará em sono profundo após cerca de 30 a 40 minutos. Marque esse tempo, certifique-se de que ela está de fato dormindo e retire, com bastante cuidado, a chupeta de sua boca, evitando ao máximo acordá-la. No início ela poderá sentir falta da chupeta ao acordar, mas com o tempo ela acordará normalmente, sem se incomodar com a ausência do objeto. O importante é fazer com que a criança acorde sem a chupeta e inicie sua rotina sem ela. Assim ela logo perceberá que sua chupeta não faz mais tanta falta assim.

·         Quando a criança perceber que esta rotina já não a incomoda mais, ou seja, que acordar sem a chupeta já não é mais um problema e que consegue passar várias horas, ou até o dia inteiro sem ela, dormir sem chupeta já não será mais tão difícil. Evite oferecê-la novamente, esconda-a e quando se sentir seguro, descarte-a. E pronto! É o fim do dilema!

Lembretes importantes:
1.     Uma vez entregue a você, a chupeta não deverá ser oferecida novamente à criança, a menos que ela peça. Mesmo que chegue um dos momentos em que ficou “combinado” que a chupeta é permitida, se a criança não a pediu de volta significa que não sentiu falta. É sinal de que já está superando este hábito.

2.    Ao retirar a chupeta da criança durante o sono, ela poderá acordar. Perceba se ela despertou mesmo, ou se foi apenas um “sustinho”. Se ela tiver despertado de fato, deixe-a com a chupeta e aguarde até que adormeça novamente. Se sentir necessidade de dizer algumas palavras, diga sempre coisas boas: “ Mamãe está orgulhosa de você estar deixando a chupeta!”, “Papai está muito feliz de ver que você está crescendo e logo logo não usará mais chupeta!”. Evite expressões como: “Só criança feia usa chupeta!”, pois lembre-se que, provavelmente, foi você quem ofereceu sua primeira chupeta.

3.    Lembre-se sempre que a criança compreende tudo que lhe é ensinado. Encare este momento como o aprendizado da bicicleta. Se você desistir no primeiro tombo, jamais saberá conduzi-la!

Boa Sorte!
     

Relatórios Individuais de Aprendizagem



Atire a primeira pedra o colega que, nos últimos três anos, pelo menos, não se viu diante do pedido de um relatório de rendimento escolar de um – ou mais – de seus alunos para o pediatra da criança ou seu terapeuta.

Com a recorrência de encaminhamentos de alunos com dificuldades de aprendizagem aos serviços de acompanhamento educacional, seja por parte do psicólogo, fonoaudiólogo, psicopedagogo, enfim, tais documentos já vêm fazendo parte da rotina de alguns professores. No entanto, esses relatórios exigem especificidades que nem sempre ficam claras para o professor.

Como, então, diferenciar um relatório encaminhado ao psicólogo da criança, daquele encaminhado, por exemplo, ao seu fonoaudiólogo?

Para esclarecer um pouco dessas dúvidas elaboramos um pequeno guia de orientação ao professor na confecção desses documentos:

PRIMEIRO PASSO:

Para que fique bem claro o tipo de relatório a ser feito, é necessário informar-se com o coordenador pedagógico de sua escola que profissional solicitou o pedido, para que nas suas anotações não faltem as informações relevantes à avaliação a ser feita.

Ao Psicólogo ou Psicopedagogo:

Normalmente quando uma criança é encaminhada a um profissional para uma avaliação de aprendizagem, é o próprio professor que a solicita. Portanto, não deixe de abordar exatamente os aspectos que o levaram a esse pedido.

Para o psicólogo nada que se relacione ao comportamento da criança é mero detalhe. Observe cuidadosamente as características de seu aluno ao chegar à escola, nas atividades realizadas em sala de aula, durante recreio, nas atividades livres, nas atividades realizadas fora da sala de aula, como: biblioteca, sala de vídeo, parquinho, etc. Observe, também, a maneira de seu aluno se portar diante das regras da escola, do cumprimento dos horários, ao uso do uniforme. Todas essas informações podem ser determinantes na avaliação do psicólogo.

Também é essencial ressaltar as atividades em que mais se destaca, o tempo que leva para concluir suas atividades, se trabalha bem em grupos, duplas, sozinho, se tem facilidade em se relacionar com os demais alunos, com os demais professores (educação física, inglês, informática, artes...). Não deixe faltar informações referentes ao relacionamento do aluno com as demais crianças. Conflitos, por menores que pareçam, são um dado muito importante para esse tipo de avaliação.

Ao Fonoaudiólogo:

A avaliação do fonoaudiólogo se refere especificamente às questões relacionadas à escrita e à fala da criança, no entanto, é preponderante informá-lo também sobre seu comportamento, já que há alguns diagnósticos que dependem do aval desse profissional para serem fechados. Portanto, informe-o se o aluno apresentar agitação ou lentidão excessivas, timidez, dificuldade de concentração ou de relacionamento.

Quanto à escrita: relate como é a letra desse aluno (se é legível ou ilegível, se força demais o lápis contra o papel, se o força pouco) e como o aluno escreve em seu caderno (se consegue escrever sobre a pauta, se omite ou acrescenta letras, se as troca, se copia corretamente, se tem escrita autônoma).

Quanto à fala: relate se o aluno apresenta fala anasalada, rouca, gagueira e demais irregularidades. É importante constar em seu relatório se o aluno fala alto ou baixo demais.

No caso dos alunos de Educação Infantil, informe também, se foi constatado algum tipo de defasagem na fala ou no vocabulário da criança.

Ao Psicomotricista:

A avaliação deste profissional dependerá das informações relacionadas à escrita e também à forma como o aluno se movimenta, anda, corre, senta, pula, se ele é capaz de desenvolver exercícios de percurso, equilíbrio, coordenação, etc, por isso, toda a observação deverá ser feita junto com o professor de educação física da criança.

Não deixe de observar estas e outras questões antes de elaborar um relatório de rendimento escolar, pois todo o trabalho a ser feito a partir dele dependerá da qualidade, relevância e veracidade das informações relatadas.

Esperamos que o guia acima possa auxiliá-lo em seus próximos registros.

Comente! Dê sugestões, faça suas críticas!

Afinal, este espaço é seu.



Companheiros

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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
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